Cama Compartilhada
Muitos pais ficam na dúvida sobre onde colocar o bebê para dormir, procurando o melhor lugar para ele ficar confortável e seguro. E no meio da madrugada devido aos choros e a não saberem o que fazer acabam colocando o bebê em suas camas. Mas afinal, a cama compartilhada é segura?
A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Sociedade Americana de Pediatra não indicam a cama compartilhada devido ao risco aumentado da síndrome da morte súbita do lactente, pelo fato da coberta ou lençol cobrir o rosto do bebê durante e noite e a mãe descansar as pernas e os braços em cima do bebê. Além do mais, os bebês podem acordar mais vezes para mamar pois sentem o cheiro da mãe e acabam ficando mais tempo na posição de lado.
Mas muitos estudos já indicam que a cama compartilhada pode ser realizada caso os pais desejarem, desde que as normas de segurança sejam estabelecidas e que os pais estejam cientes dos riscos.
A cama compartilhada pode ser realizada no meio familiar e pode ser saudável para todos desde que esta seja uma escolha do casal e que todos da família estejam felizes dormindo na mesma cama.
Algumas dicas de segurança para realizar a cama compartilhada:
- Não dormir em colchão de água e de ar ou em móveis de sala de estar, como o sofá;
- Certifique-se de que não haja espaços entre o colchão e a parede, a estrutura da cama ou a cabeceira da cama que possam prender a cabeça do bebê;
- Use apenas lençol de baixo, sem travesseiros, edredom, bichos de pelúcia ou posicionadores;
- Se estiver frio agasalhe o bebê, mas sem superaquecimento;
- Não divida a cama com o bebê com fumantes, com animais de estimação, com irmãos ou com alguém obeso ou profundamente cansado;
- Mantenha o bebê ao lado de um dos pais, mas não entre os dois;
- Nunca use drogas, álcool ou medicamentos que induzam ao sono ou que possam reduzir sua capacidade de sentir o bebê e de reagir às suas necessidades.
Manter o bebê sempre seguro:
- Coloque o bebê de barriga para cima;
- Não realizar a cama compartilhada com bebê prematuro ou com baixo peso;
- Certifique-se que exista temperatura e ventilação adequadas;
- Não use velas e incensos.
Agora, quando não devo realizar a cama compartilhar e preciso rever a minha situação:
- Quando um dos pais não está feliz e não concorda com a cama compartilhada;
- Quando a mãe acaba deixando o seio a disposição durante a madrugada inteira para o bebê mamar de hora em hora;
- O bebê acorda os pais a noite toda se mexendo na cama, dando pontapés ou tapas nos mesmos enquanto dorme, porque é natural que as crianças se mexam durante a noite;
- Perder o lugar da cama para o filho indo parar no sofá;
- Conflito familiar, abalando o relacionamento do casal.
O bebê não precisa ficar na cama do casal. Caso os pais desejarem, o mesmo pode ficar em um berço separado ou acoplado ao lado da mãe ou do pai, pois a recomendação é de que o bebê durma no quarto dos pais até os 6 meses por questão de segurança, para que os pais possam atender às suas necessidades o mais rápido possível.
Qsoninho trabalha com as famílias orientando sobre o ambiente de sono seguro e confortável aos filhos, como, por exemplo, realizar a cama compartilhada de forma segura, realizar a transição da cama compartilhada para o berço ou cama do filho. Na consultoria a família também pode optar por transferir o filho do quarto dos pais para o próprio quarto com técnicas humanizadas, recebendo orientações sobre como fazerem as crianças reconhecerem seu quartinho como um ambiente de sono seguro e confortável.